O governo Lula criou um grupo de trabalho para elaborar estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo, além de propor políticas públicas em direitos humanos. O presidente da República encaminhou carta à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), na qual defende a regulação das redes sociais, com a desculpa esfarrapada de combater a desinformação. Ele ressaltou que a comunidade internacional precisa trabalhar para dar respostas eficazes à questão desafiadora dos dias atuais. “A informações confiáveis, e não a mentiras e desinformações”, afirmou.

A “turminha do bem” será conduzida pela ex-deputada comunista Manuela D`Avila e, entre os 24 representantes da sociedade civil, está o influenciador digital Felipe Neto – aquele que cresceu nas redes sociais justamente com discursos odiosos e preconceituosos contra conservadores. O grupo seletivo, claro, reza pela cartilha progressista.

Críticos da proposta alertam para a nefasta censura prévia, que já mostrou as garras na decisão de uma ministra do Supremo Tribunal Federal, que julgou constitucional a tal afronta ao estado de Direito, em tempos excepcionais, a exemplo do que ocorreu nas eleições do ano passado.

Lula tenta retirar o papel a obra distópica 1984, de George Orwell? A ficção conta a história de um país governado por ditadores que controlam e vigiam constantemente o cidadão e, sobretudo, manipulam a informação, alterando estatísticas e modificando o passado para adequar ao poder soberano vigente.

Em tempo: As redes sociais do petista perderam engajamento depois da posse, registrando interações em quantidades menores se comparadas com o período eleitoral. Ao contrário de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro mantém a mesma média de interações em suas publicações, mesmo após perder a eleição.

Poucos dias depois de tomar posse, no mês passado, em janeiro, Lula anunciou a criação da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, com o objetivo de definir o que é fake news e o que é fato e instituiu a Secretaria de Políticas Digitais para definir o que será ou não considerado “mentira”. Desde as eleições, no ano passado, o ex-condenado defende a regulamentação das mídias sociais. Assim, somente a bolha esquerda vai determinar o que é liberdade de expressão.

Por: Mércia Maciel,

Jornalista e pedagoga, formada pela Universidade de Brasília.

 

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