Nesta terça, o ministro dos Direitos Humanos do governo petista, Sílvio Almeida, revogou a Ordem de Mérito Princesa Isabel, honraria criada pelo presidente Bolsonaro para homenageá-la. A herdeira de Dom Pedro II assinou a Lei Áurea, que libertou os escravos no Brasil, em 1888. A justificativa patife foi de que a deferência histórica é “um equivocado reconhecimento”. Em nota, o governo afirmou que “um país negro e racista, como o Brasil, possuía um prêmio de direitos humanos em homenagem a uma mulher branca”.

Em lugar da honraria dada à Isabel, o ministro criou o Prêmio Luiz Gama, um jornalista e escritor negro abolicionista e incansável na luta pelo fim da escravidão. Em 2018, Gama foi considerado Patrono da Abolição da Escravidão pelo ex-presidente Michel Temer. É plausível que os dois sejam homenageados, sem qualquer cancelamento.

Recentemente, o movimento negro questionou o protagonismo da monarca na libertação de escravos. Para os “militontos”, a Lei Áurea não promoveu inclusão socioeconômica de negros e indígenas. A cultura do cancelamento, cansa – sem trocadilhos. Revisionismo histórico também.

Outro fato escancarou a esquerdopatia que domina o mundo. No último dia 30, o ódio dos progressistas e o antissemitismo marcaram um protesto, na Universidade de Campinas (Unicamp). A Feira das Universidades Israelenses da instituição – uma das prestigiadas do Brasil, foi suspensa, graças aos militantes que, vestindo camisetas do Partido Comunista Brasileiro, impediu a realização do evento. Em nota, a reitoria da Unicamp lamentou o ocorrido e informou que o ato israelense não pôde ser realizado “por força de manifestações contrárias à sua ocorrência”.

O Grupo Parlamentar Brasil-Israel no Congresso Nacional repudiou, com veemência, as manifestações e pediu uma investigação rigorosa do Ministério Público Federal.

 

Por: Mércia Maciel,

Jornalista e pedagoga, formada pela Universidade de Brasília.

 

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