“Quem tem mais de 25, 30 anos não pode se enganar com o PT”. A declaração do presidente Jair Bolsonaro, dada à TV Jovem Pan, escancara o negacionismo de quem defende a volta à cena do crime do ex-presidente condenado. Segundo o chefe do Executivo federal, aqueles que viveram de 2003 para cá – quando Lula assumiu o primeiro mandato – viram os incontáveis casos de corrupção que assolaparam o país.

Lula flerta com a juventude que não passou por esses anos de engodo e cai na esparrela progressista, que vocifera discursos empáticos e voltados às minorias, mas dá as costas ao mesmo segmento que pensa diferente.

Eu conto ou você, leitor, conta a eles que, em 2020, o PT ajudou a sepultar a Medida Provisória, assinada pelo presidente Bolsonaro, que criou a carteirinha estudantil digital e gratuita, tirando o aluno do jugo das entidades aparelhadas pela esquerda? E que a legenda votou contra o Marco Legal do Saneamento Básico, cujas principais metas são a universalização e qualificação dos serviços prestados ao cidadão?

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Como esquecer que a classe média foi rebaixada para que Lula promovesse uma artificial distribuição de renda? Enquanto isso, banqueiros lucraram R$ 279,9 bilhões nos dois governos dele, contra R$ 34,4 bilhões amealhados nos tempos do antecessor FHC, segundo levantamento do jornal Valor Econômico, divulgado em 2014, com base em dados dos 50 maiores bancos do país.

Essa meninada e trintões precisam saber que, durante os quatro governos petistas, o Estado brasileiro foi inchado. Nas estatais, esse crescimento foi de 30% do final de 2002 até 2010. As justificativas oficiais petistas para tal inchaço foram mais ideológicas que administrativas, uma vez que a alegada carência de mão de obra no serviço público jamais foi comprovada.

Enquanto o aparelhamento do Estado navegou em águas plácidas, os dois últimos governos de Lula e os de Dilma investiram R$ 12,8 bilhões na famigerada política dos “campeões nacionais”, segundo levantamento do site Contas Abertas. Por meio de bancos públicos, o governo emprestava dinheiro a taxa de juros abaixo da exercida no mercado. Na prática, o poder público transferia recursos a essas empresas, uma vez que o ente federal era obrigado a pagar juros mais altos para rolar a dívida.

Assim, entre 2008 e 2013, os bilionários aportes do BNDES foram parar nas contas de empresários escolhidos a dedo, como Eike Batista, que passou a ser, em 2012, o 7º homem mais rico do mundo, com uma fortuna de U$ 30 bilhões. Cinco anos depois, atolado em dívidas e acusado de pagar propina a políticos, o império de Eike ruiu. Na mesma esteira, outras empresas faliram, como o frigorífico Independência, que três meses após receber R$ 250 milhões do BNDES, pediu recuperação judicial. A justificativa foi de que a entrada do governo no setor desequilibrou o mercado, quebrou a maior parte dos frigoríficos e beneficiou a holding JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, apanhados em operações, como a Lava Jato e Carne Fraca.

E principalmente, quem vai às urnas pela primeira vez deve saber que Lula não foi inocentado pelo STF das acusações de corrupção – confirmadas em três instâncias – mas salvo por brechas na lei, que chocaram juristas renomados. No início da Operação Lava Jato, em 2014, quando Lula apareceu nas investigações, os advogados dele alegaram a questão do foro de Curitiba e da parcialidade do então juiz Moro sem sucesso… até que…pasmem, o encardido conseguiu a elegibilidade para tentar voltar ao poder. Impossível esquecer que bilhões de reais devolvidos no esquema da Petrobras foram devolvidos aos cofres públicos pelos larápios de gravata.

Para proteger Lula e atacar o atual mandatário do país, um “criativo” ministro do STF inventou o “flagrante perpétuo” para manter a prisão de críticos de direita e defensores de Bolsonaro, ignorando qualquer esquerdista que vomita ódio e mentiras nas redes?

 

By Mércia Maciel, jornalista e pedagoga, formada pela Universidade de Brasília.

 

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