A campanha presidencial brasileira está às portas. Enquanto os números desencontrados das pesquisas eleitorais alimentam os debates, o comitê da campanha do presidente Jair Bolsonaro intensifica as críticas ao candidato e ex-presidiário Lula da Silva.
A estratégia adotada no pleito que levou Bolsonaro ao Palácio do Planalto, em 2018, é a de reacender a lembrança do brasileiro quanto à roubalheira patrocinada pelos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. Além da aposta no antipetismo, as inserções de rádio e TV trazem comparações, entre as gestões dele e as da legenda da estrela decadente.
De olho na rejeição a Lula e na busca dos eleitores indecisos, temas caros ao brasileiro, como corrupção, economia e religião, também estão no radar da campanha de reeleição. As propagandas eleitorais de rádio e TV e as redes sociais já trazem o assalto aos cofres públicos desvendados pela Operação Lava Jato.
No campo da fé, os estrategistas da campanha reforçam a defesa do Chefe do Executivo contra o aborto e valorização dos valores da família. Na contramão, o candidato Lula defendeu o aborto, como política pública, e a relativização dos valores da célula matter da sociedade. Quanto à liberdade religiosa, a ideia é jogar luz às declarações do petista em defesa do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, que tem perseguido os cristãos naquele país.
Ao mesmo tempo, as conquistas do governo Bolsonaro ganharam destaques, como a redução de impostos, aumento da arrecadação, deflação, balanços financeiros das estatais, geração de empregos e projeções positivas do PIB, que se destacam entre os países do G7. A campanha à reeleição também traz as propostas para um eventual segundo mandato, como o fortalecimento da rede de proteção às mulheres; apoio jurídico e psicológico para vítimas de violências e aumento da repressão ao crime organizado e de apreensão de drogas. Nessa toada, bastar aguardar a abertura das urnas! Aguardemos.
By Mércia Maciel,
Jornalista e pedagoga, formada pela Universidade de Brasília.