Um conselho: tome um antiácido antes de ler este texto. Afinal, como não ficar enojado com tanta desfaçatez e hipocrisia? Nada para se admirar, afinal, o ex-condenado Lula sempre deliciou-se com a riqueza e nunca escondeu o que é sob os aplausos da cegueira deliberada.
Os dias que antecederam o casório nababesco do corrupto também foram lautos, claro. As garrafas de vinho descartadas à porta da mansão que alugou, em bairro nobre de São Paulo, para viver o “novo amor”, é um acinte. Entre as bebidas degustadas pelo corrupto estão um exemplar do tinto Casanova di Neri, um legítimo Brunello di Montalcino, produzido na região italiana da Toscana. O vinho harmoniza, perfeitamente, com um carré de cordeiro. Valor da garrafa na loja em que foi comprado, segundo etiqueta na peça – módicos R$ 5,8 mil.
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Ainda foi encontrada uma garrafa do vinho branco port
uguês Pêra-Manca, produzido no Alentejo, na região centro-sul de Portugal. O buquê aromático, com notas de flores brancas e amarelas e leve frutas cristalizadas, da disputada safra 2014, conversa bem com frutos do mar. O precinho de um similar, em média, é de R$ 5 mil. Outras garrafas, dentre elas exemplares argentinos, também foram amontoadas no lixo luxuoso de Lula, com valores que vão de R$ 500 a R$ 140.
Segundo o site Metrópoles, junto aos descartes, estava um cartão assinado pelo bilionário Rubens Ometto, sócio-fundador do grupo Cosan, numa demonstração de que Lula adora receber “mimos”.
Para não se perder nas contas domésticas de Lula, o valor do aluguel do imóvel de 700 metros quadrados é mantido sob sigilo, mas há cerca de cinco anos, a mansão foi anunciada por R$ 22,5 mil, por mês. O valor atual foi ocultado, numa cláusula incomum de confidencialidade do mundo imobiliário. Nada novo pra Lula. O casarão dos pombinhos contrasta com o discurso do próprio Lula que, no mês passado, criticou a classe média por ostentar “um padrão de vida acima do necessário” e querer mais de uma TV em casa”, defendendo limites para o consumo do segmento, enquanto ostentava um relógio Piaget, adereço avaliado em R$ 84 mil.
Como disse o amigão do ex-presidente, Emílio Odebrecht, durante depoimento à força-tarefa da Lava Jato, em 2017, o encardido gosta da boa vida, numa referência a um diálogo que teve com um general da época do regime militar, na década de 80. Na ocasião, o militar fez uma descrição certeira: “Emílio, o Lula não tem nada de esquerda. Ele é um bon vivant”. Emílio concordou. Segundo o filho do empreiteiro, Marcelo Odebecht, um dos mimos foi uma conta aberta, no valor de R$ 40 milhões, com saques à hora que Lula quisesse.
Também na década de 80, o Sr. Diretas, Ulysses Guimarães, cravou: “O mal de Lula é que ele parece gostar de viver de obséquios”.
Um brinde à hipocrisia!
By Mércia Maciel, jornalista e pedagoga, formada pela Universidade de Brasília.
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