Chegaram as eleições! É hora de o candidato marxista ir à missa, defender as liberdades individuais, usar o verde e o amarelo e retirar do fundo da gaveta a desprezada e achincalhada bandeira do Brasil.

Para exorcizar as pautas vermelhas – aborto, ideologia de gênero e descriminalização das drogas -, bajula os evangélicos. Afinal, já “perdoou” a invasão de uma igreja católica, no centro histórico de Curitiba, patrocinada por um vereador petista, que espumava ódio e intolerância, enquanto impedia que os fiéis professassem a fé.

Na busca pelo voto, o crescimento da população evangélica – evidenciada em cada evento da Marcha para Jesus, que leva miríades às ruas, em todo o país – e a participação do segmento nos pleitos operam “milagres” nas hostes encardidas. Em um aceno ao eleitorado de direita, o candidato ao governo do Rio de Janeiro e ex-PSOL Marcelo Freixo, foi à missa e disse não ser mais favorável à legalização das drogas.

O esforço, no entanto, é vão. Nesta terça (15/08), um dia antes do início da corrida eleitoral, os lobos em pele de ovelha não conseguem esconder as garras. Durante evento, patrocinado por docentes, servidores e alunos da Universidade de São Paulo (USP), e diante do ex-presidiário Lula da Silva, a professora Ermínia Maricato atacou as igrejas, chamando-as de “verdadeiras máfias”, que atuam nas periferias.

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O preconceito da esquerda a evangélicos é escancarado. Como esquecer a tentativa dos progressistas de inviabilizar a nomeação do primeiro ministre crente do STF, por conta de sua opção confessional?

Segundo pesquisa PoderData, divulgada nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro segue com mais da metade (52%) das intenções de voto no eleitorado evangélico, contra 31% do descondenado. No início da semana, Lula apelou e disse que o presidente da República estaria “possuído pelo demônio”. Puro desespero de quem sempre desprezou aqueles que professam a fé evangélica.

Já Bolsonaro abriu a busca pelo voto, em cima de um carro de som, em Juiz de Fora (MG), onde foi alvo da fúria de Adélio Bispo, em 2018, que desferiu-lhe uma facada. Evangélica, a primeira-dama Michele Bolsonaro, convocou a multidão para rezar o Pai-Nosso. Pedido, prontamente atendido.

Sem dúvida, o apoio de evangélicos e católicos será, mais uma vez, determinante numa eleição. Como também não há variação de sombra de que o cristão não é ingênuo e saberá escolher quem o representará.

 

By Mércia Maciel,

Jornalista e pedagoga, formada pela Universidade de Brasília.

 

 

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